o muro estampado - uma noite sob a óptica das sombras (edson macalini)
Onde a lua, as estrelas e as lâmpadas dos postes, observam e cumprimentam a beleza urbana, que chega todas as noites nas ruas da cidade.
Óptica luz das sombras.
E com o mais simples objeto simplificado das epigênesis da infância;
pinto a ânsia ganância de estar mais perto das minhas lembranças.
O azul, o lápis de cor e a doce vontade de ser criador.
Pinto no céu a tranquilidade de se deleitar sob um céu fulgurante e quente e belo, um dia daqueles.
E deixar tudo brotar e ser vida, ser presente. Estar na terra.
Ser azul.
Já volto á me relacionar com a vida.
Nas tentativas percorridas, houve perdas jamais esquecidas;
Não há tristeza mais forte do que a dor da despedida, ou isso seria uma rima por não haver mais possibilidades de saída?;
Como não existe tristeza mais linda do que a partida merecida, vou desejando que seja assim nossos sonhos,caminhadas, seguir, seguir...
Não havendo mais saída, voltamos ás nossas singelas vidas e embalamo-nos com histórias de outrora e não lembramos mais o gosto que ficou na memória, na pele, na carne, nos poros, na minha face, no meu peito, e deito, e volto, e rolo buscando uma nova posição, buscando novos encaixes e estando mais ciente para estar mais para si.
Ser semente e brotar.
E crescer.
E exaurir.