quinta-feira, 6 de maio de 2010

O muro estampado



o muro estampado - uma noite sob a óptica das sombras (edson macalini)


Cansou-se de ser apenas um muro liso e duro das ruas de Curitiba, para estampar sobre suas lisas paredes as sombras das noites das luzes emitidas.

Onde a lua, as estrelas e as lâmpadas dos postes, observam e cumprimentam a beleza urbana, que chega todas as noites nas ruas da cidade.

Óptica luz das sombras.




Têm dias, Há dias, são dias....O azul!

Tem dias que queremos ver o sol, as nuvens, a cor azul do céu...E não precisa de nada para iluminar, a própria natureza se encarrega disso.






Não a luz artificial , a lãmpada nossa de cada dia. Ao limpido céu azulejante.






Vejo o azul no mais puro significado de ser azul.













E com o mais simples objeto simplificado das epigênesis da infância;



pinto a ânsia ganância de estar mais perto das minhas lembranças.



O azul, o lápis de cor e a doce vontade de ser criador.



Pinto no céu a tranquilidade de se deleitar sob um céu fulgurante e quente e belo, um dia daqueles.





E deixar tudo brotar e ser vida, ser presente. Estar na terra.

Ser azul.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Relicário de uma manhã de terça-feira

Já volto á me relacionar com a vida.

Nas tentativas percorridas, houve perdas jamais esquecidas;

Não há tristeza mais forte do que a dor da despedida, ou isso seria uma rima por não haver mais possibilidades de saída?;

Como não existe tristeza mais linda do que a partida merecida, vou desejando que seja assim nossos sonhos,caminhadas, seguir, seguir...

Não havendo mais saída, voltamos ás nossas singelas vidas e embalamo-nos com histórias de outrora e não lembramos mais o gosto que ficou na memória, na pele, na carne, nos poros, na minha face, no meu peito, e deito, e volto, e rolo buscando uma nova posição, buscando novos encaixes e estando mais ciente para estar mais para si.

Ser semente e brotar.

E crescer.

E exaurir.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

EU, VOCÊ, NUM POR DO SOL

PRISCILA DIAS DOS REIS

EU, diz:
Diga algo bonito sobre as suas lembranças da infância, algo como fosse uma fixação, um carimbo, memória...
VOCÊ, diz:
Mas por quê?
EU,diz:
Diga...
VOCÊ, diz:
Tem vários...quer só um?...uma?
EU, diz:
É para um trabalho...
VOCÊ, diz:
Só uma? Como quer que eu escolha?...Rs...
Bem a lembrança mais forte que tenho, uma das...
É de uma vez que viajei pro sitio da minha tia, tinha uns 6 anos saí ver os bichos com meus primos, brincar pelo sitio.
Eles foram embora e eu não percebi, e continuei e continuei a andar sem notar que eles não estavam mais juntos,
Quando me dei conta estava totalmente perdida...perdida!
Fiquei umas 06 ou 07 horas perdida no meio do mato,minha mãe já tinha achado que não me encontraria mais, que eu tinha morrido, tudo de trágico.
Daí consegui achar uma casa, falei que tava perdida, descrevi minha tia, como sendo japonesa grávida, sendo que só meu tio é japonês.
Eles me levaram de caminhonete de volta pra casa, lá estavam todos desesperados.
Eu não falei com ninguém quando cheguei, ignorei todos, sentei na mesa e comecei a desenhar.

domingo, 20 de setembro de 2009

Cabeça Esquecida

O mundo é mais bonito com Sol.
O PRIMEIRO PASSO:
Entrou pela porta e falou logo que queria me namorar, assim, sem pedir licença, de forma sistemática, propagandista e polemista. O cuidado veio depois, quando perguntou a essência do incenso e pediu cores, todas elas.A combinação era Amélie Poulain, verde e vermelho, dei o que pude.Por ter convívio livre com os fenómenos ópticos provocados pela ação dos feixes de luz (as Artes Visuais), começou lentamente a pintar-me. Escolhi branco. Branco de fita de amarrar em pulsos.
Reformista, queria mudar-me mas não queria mudar-se e eu pedia consolo e dizia não suportar por muito tempo números, ou bites. Do outro segmento poligonal, imensos significados comuns surgiam e já era sentido ciúmes de vento, de passeios, de farmácias e do cotidiano assíduo que eu não tinha.
Comecei a ser fixo no século em que a liberdade foi proclamada e a ilustrar com profundidade espacial os primeiros planos que tinha visto na vida, fiz gotas de uma cor que ainda não tinha existência, uma pérola imperfeita. Estava nas paletas de aquarelas barrocas e nas casas de tinta, mas ali, ainda mal se sabia que amarelo eram os submarinos.Quando teve mesmo de conjugar o tempo do verbo de permanência… eu fiquei, e fico, e volto de novo, e viro o avesso, e tiro o pó, e pulo de ponta, e sacudo o farelo, e acumulo mais poeira.
A alegria que vira abóbora à meia-noite – quando o monitor da sala onde o mundo e a mãe brotam em estruturas de vidro e caixas pretas com ratos – se disfarça de pessimismo otimista por falta de razões e crenças, e antes de dormir até pensa em se chamar Voltaire, tocar violino em sacadas e colocar a cabeça entre ombro e o pescoço querendo achar um lugar confortável.
( ARTUR CAMPOS JR.)

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Debate sobre Arte Educação




Maca diz:
é uma ótimo saida
Clarice diz:
tem uma sexta série de um lugar bem pobre
Clarice diz:
daí fiz uma brincadeira com uma gravura do rubem grilo
Clarice diz:
q um aluno ia lá na frente
Clarice diz:
descrevia para os outros a obra e eles tinham q adivinhar como era
Clarice diz:
na verdade imaginar
Clarice diz:
saiu um desenho mais engraçado q o outro

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Impressões á cerca de ti


Foi no pigmento vermelho, verde e roxo que á vi pela primeira vez, movimentando-se pelas texturas das celuloses em canetas hidrocores, na extensão do braço ao pincel, nas tintas coloridas e acrílicas das superfícies tramadas do algodão. Pintou uma vida, uma história, um fato.
E nas letras e poesias, e musicas e cabelos vermelhos, um sapatinho vermelho também, com bolinhas pretas e materiais de desenho sobre os braços, e sonho incansável de ser, viver, ver, criar e experimentar. Como uma explicação filmíca e simplória “Cor do Paraíso”.
Perdeu-se nas ruas das cidades, nos carreiros do campo, mas se achou nas linhas dos desenhos e nas inimagináveis possibilidades de existir. Agora. Uma flor de margarida-simplíssima, em branco-amarelo-verde, nas purezas essenciais e naturais dos pigmentos, de se fazer presente e ser presente, na vida e nas histórias. Felicidade presente. Viver presente. Existir presente.
Ofereço-lhe o abraço e recebo um abraço,amplexo, fico nas palavras e você voa nas planícies dos gramados com as flores secas do inverno que caem das árvores.felicidades!.
Um beijinho no rosto. E um dia, como aqueles dias inesquecíveis só para você. Rolar, pular e sorrir.